
Coberturas vacinais do papiloma vírus humano no contexto brasileiro
2017; UNIVERSIDADE DO CONTESTADO; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português
10.24302/sma.v6i2.1528
ISSN2316-347X
AutoresAdriana Moro, Christiane Luiza Santos, Mariele Pena de Couto, Leticia Brambilla de Ávila, Rafael Gomes Ditterich, Luciana Maria Mazon,
Tópico(s)Science and Education Research
ResumoO Programa Nacional de Imunização em 2014 introduziu a vacina do HPV (Papiloma Vírus Humano) no calendário Nacional de vacinação. Este trabalho se propõe a analisar as coberturas vacinais para o HPV na campanha de 2014, e como que se deu a sua distribuição nos Estados Brasileiros, considerando a meta de 80% a ser atingida por todos os municípios do país. Trata-se de um estudo transversal com análise secundária de dados. Os dados sobre cobertura vacinal das meninas dos 5.565 municípios brasileiros foram obtidos através de acesso à página do Programa Nacional de Imunização (PNI). As cidades foram divididas e tabuladas em cinco faixas relacionadas a cobertura vacinal, estratificadas de modo arbitrário pelos autores: faixa 1 > 40%, faixa 2 de 40% a 59%, faixa 3 de 60% a 79%, faixa 4 80% a 100% e faixa cinco acima 100%. A cobertura vacinal contra HPV, em 2014, apresentou valores bastante discrepantes entre as doses, estados e municípios. Entre os 5565 municípios brasileiros, 1776 (32%) atingiram a meta de cobertura em ambas as doses. Na primeira fase da campanha de vacinação contra o HPV, o número de municípios que atingiram a meta de 80% foi de 4866, já na segunda dose este número passou para 1810, uma redução de 62%. Além disso, no outro extremo da cobertura vacinal, a faixa 1 continha 103 municípios e na segunda dose este valor subiu para 1014, ou seja, um acréscimo de 884%. Apenas o Estado do Amazonas não atingiu a meta de vacinação contra o HPV em ambas as fases da campanha. Concluiu-se que a campanha de vacinação do HPV não atingiu as metas preconizadas nas duas doses em 60% dos municípios brasileiros no ano de 2014. Este resultado evoca a necessidade da análise criteriosa de quais fatores podem ter influenciado neste resultado e ainda, a busca de uma reestruturação da estratégia da política nacional de vacinação para a população feminina adolescente já que esta faixa populacional se apresenta como um desafio para esta, bem como para as demais vacinas do Programa Nacional de Imunização.
Referência(s)