
Registro de Fauna na Arte Rupestre
1984; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português
10.24885/sab.v2i1.33
ISSN1982-1999
AutoresJoão José Bigarella, Maria Da Conceição de M. C., Beltrã Elba Moraes Rego Toth,
Tópico(s)Fish biology, ecology, and behavior
ResumoNa região de Central (BA) verifica-se o registro de uma enorme quantidade de Pinturas Rupestres, em abrlgos ou lapas abertos, seja em rochas quartzíticas pré-cambrianas ou em calcários da formação Salitre ou Caatinga. Nem sempre essas pinturas pré-históricas são encontradas em grutas ou cavernas, mas em rochas com faces reentrantes expostas à luz do dia, e, abrigadas da açäo das chuvas. O presente trabalho focaliza um ângulo do problema que nos parece extremamente importante: a possibilidade de uma relação da pintura com uma espécie animal extinta. Trata-se de um grupo de caçadores enfrentando um grande animal, possivelmente um Toxodonte, cuja presença foi detectada desde o Mioceno Inferior ou Médio até o Pleistoceno Superior. Segundo Paula Couto o Toxodonte possuía mandíbula maciça, região anterior larga e achatada, dorso ventral em forma de pá, contorno posterior arredondado, pescoço curto e forte. tronco longo e volumoso, podendo ' atingir o tamanho de um grande rinoceronte ou de um hipopótamo, membros locomotores curtos e patas tridáctilas. A pintura rupestre confere em muitos pontos com esta descrição. A característica tridactila do animal, presente nas figuras antropomorfas, talvez tenha a intenção de representar o desejo de incorporar as qualidades do animal. O achado situa-se cerca de 18 km da sede do Município de Central e cerca de 5,5 km da localidade conhecida como Fazenda Vereda. Dista, ainda, cerca de 2,5 km da Fazenda Riachão Largo situada junto ao Riachão Baixão do Gabriel.
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