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Os sentidos do morar em três atos: representação, conforto e privacidade

2017; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 24; Issue: 44 Linguagem: Português

10.11606/issn.2317-2762.v24i44p68-87

2317-2762

Joana Mello de Carvalho e Silva, Pedro Beresin Schleder Ferreira,

Urban Development and Societal Issues

Tomando a residência unifamiliar como um artefato cultural, produto e produtor de relações sociais, este artigo pretende investigar as noções de representação, conforto e privacidade em suas práticas e materialidades, do momento de sua constituição, na virada do século XX, até suas transformações, em meados dos anos 1920. A partir desse panorama, pretende-se problematizar o habitus profissional e social de arquitetos como Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha, que questionaram na década de 1960 a domesticidade “burguesa”, propondo um novo modo de vida. Trata-se de apontar as ambiguidades dessa crítica, circunstanciando-a historicamente para, então, assinalar outras possibilidades de construção de diálogos entre os arquitetos e a sociedade na contemporaneidade.