Artigo Acesso aberto

A escrita compartilhada. Monteiro Lobato, Rãzinha e a Reforma da Natureza.

2017; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 14; Issue: 29 Linguagem: Português

10.12957/childphilo.2018.30623

ISSN

2525-5061

Autores

Patrícia Tavares Raffaini,

Tópico(s)

History of Education Research in Brazil

Resumo

Monteiro Lobato ainda hoje é considerado um dos autores de literatura infanto-juvenil mais importantes em nosso país. Durante as décadas de trinta e quarenta do século XX, quando ele era sem dúvida o autor mais lido e admirado pelas crianças, ele se correspondeu com inúmeros leitores de todo o Brasil. Por meio das cartas percebemos inúmeros aspectos de como a leitura era feita, o cotidiano das crianças e jovens, suas opiniões sobre política, mas o que essa documentação nos revela de mais interessante é a recepção da obra de Lobato pelo seu público leitor. Mais do que isso a epistolografia trocada com crianças e jovens nos revela como ele estava atento para a recepção de sua obra entre elas e, também, como modificava suas narrativas tendo como colaboradores seus próprios leitores. Nesse artigo pretendemos analisar um conjunto de cartas específico que o escritor recebeu de uma menina: Maria de Lourdes. A menina não só se correspondeu com Lobato como deu tantas sugestões para obra que ele estava escrevendo que se transformou em uma das personagens da obra Reforma da Natureza e ajudou durante toda a narrativa a personagem Emília a modificar animais, plantas e insetos do Sítio do Picapau Amarelo.

Referência(s)