Artigo Produção Nacional Revisado por pares

USO DE TERAPIA DE PRESSÃO NEGATIVA PARA FECHAMENTO DE PAREDE ABDOMINAL: RELATO DE CASO

2017; Frederico Kauffmann Barbosa; Volume: 14; Issue: 36 Linguagem: Português

ISSN

1807-8850

Autores

Bárbara Alves Rhomberg, Mayra Moraes Barros Silva, Monica Mazzurana Benetti, Guines Antunes Alvarez, João Paulo Pinheiro Ortega, Rodrigo Golçalves Silva, Robson Parreira de Morais,

Tópico(s)

Stoma care and complications

Resumo

INTRODUCAO: A terapia de pressao negativa auxilia na aproximacao e cicatrizacao de tecidos, reduzindo o edema tissular e exsudato inflamatorio, aumentando a perfusao na regiao e estimulando a formacao de tecido de granulacao. Sendo cada vez mais utilizada no tratamento da sindrome compartimental abdominal e das peritoniostomias. CASO: R.C.O.S, 20 anos, procedente de Praia Grande, procurou atendimento devido a dor abdominal em colica ha quatro meses, acompanhada de diarreia mucossanguinolenta, nauseas, vomitos, febre e perda ponderal de 18kg neste periodo. Paciente com diagnostico de doenca inflamatoria intestinal (DII) em uso de Mesalazina ha dois meses, com piora progressiva do quadro. Optou-se pela introducao de antibioticoterapia associada a corticoterapia e manutencao da Mesalazina. No setimo dia de internacao evoluiu com enterorragia, necessitando de hemotransfusoes. No oitavo dia de internacao iniciou Azatioprina e Hidrocortisona, porem mantendo enterorragia e instabilidade hemodinâmica apos multiplas transfusoes. Optado por abordagem cirurgica: colectomia subtotal com ileostomia a Brooke via laparotomica, preservando cinco centimetros de colon sigmoide. No nono dia de pos-operatorio apresenta secrecao purulenta abundante em ferida operatoria (FO) e enventracao, quando foi indicada reabordagem cirurgica para ressutura de parede abdominal. Durante o procedimento foi evidenciada grande quantidade de liquido livre na cavidade. Paciente apresentou piora do quadro infeccioso e no decimo dia de pos-operatorio, introduziu-se carbapenemico, porem sem resultado. Evoluindo com saida de secrecao purulenta pela ferida operatoria no 12o PO, quando foi submetido a reabordagem cirurgica, evidenciando pus em regiao pelvica, perihepatica, periesplenica e gastrica, realizando lavagem da cavidade e locando dreno em pelve e leito hepatico. No segundo dia de PO da relaparotomia para lavagem da cavidade abdominal, foi submetido a nova reabordagem cirurgica para realizacao de lavagem e colocacao de curativo a vacuo. Realizado troca de curativo com lavagem da cavidade e aproximacao das bordas apos dois dias. Apos 48h foi submetido a retirada de curativo a vacuo com fechamento da parede abdominal e locacao de dreno portovac em pelve. No setimo dia de PO da retirada do curativo a vacuo e fechamento da parede abdominal, paciente evoluiu com boa resposta ao tratamento clinico e segue em acompanhamento ambulatorial. CONCLUSAO: Ha poucos dados na literatura sobre a terapia de pressao negativa. Percebe-se muitas variacoes nas tecnicas de terapia de pressao negativa, o que dificulta a interpretacao de resultados reportados. Trata-se de uma modalidade terapeutica promissora, porem ainda em desenvolvimento. PALAVRAS-CHAVES: sindrome compartimental abdominal, fechamento abdominal temporario, terapia de ferida de pressao negativa, terapia de fechamento associada a vacuo, doenca inflamatoria intestinal, colite ulcerativa

Referência(s)