Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Exu: sagrado e profano

2017; Universidade Estadual do Suodeste da Bahia; Volume: 2; Issue: 3 Linguagem: Português

10.22481/odeere.v3i3.1573

ISSN

2525-4715

Autores

Alexandre de Oliveira Fernandes,

Tópico(s)

Urban and sociocultural dynamics

Resumo

Nosso estudo retoma contribuições de Georges Bataille, Pierre Verger, Edgar Morin, Ronilda Iyakemi Ribeiro, Stefania Capone, Monique Augras com vistas a discutir Exu, deus nagô e dos terreiros de umbanda, ambíguo e paradoxal, macho e fêmea, sagrado e profano. Responsável pela ordem do universo tem caráter virulento, atrevido e sem vergonha. Vindo ao mundo com um porrete mágico, metonímia de seu falo ereto, choca o decoro, a moral e a cristandade. Constrange os proscritos e as normas, embaralha as dicotomias bem marcadas do Ocidente. Rompe com os tabus e estabelece nova (des)ordem, ação erótico-sagrada que remete à árvore da vida e ao gozo fértil de Exu. Quem incita (excita) à Vida é Exu, deus trickster a convidar: vem. Trabalharemos com textos de gêneros diversos, a saber, conto, poema, tela, fotografia para que deles salte um perigoso ambivalente como Madame Satã, Maria Navalha, Zé Pelintra, faces de Exu: travesti, travesso, erótico-sagrado, híbrido, cujas metamorfoses continuas plagiam a si mesmo, podendo até ser visto em calendário trans.

Referência(s)