“Adão e Eva no Paraíso”: a força dominadora do símbolo no dizer de um conto de Eça de Queirós
2017; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português
10.19177/rcc.v12e22017315-331
ISSN2179-9865
AutoresLevi Leonido, Elsa Maria Gabriel Morgado, João Bartolomeu Rodrigues, Luciana Cabral,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
Resumo«Adão e Eva no Paraíso» é um conto de Eça de Queirós. Nele trava-se um interessante diálogo entre duas visões epistemológicas em permanente confronto: por um lado a Bíblica, representante do criacionismo e, por outro, a perspetiva evolucionista. Eça trava, assim, um interessante diálogo entre as duas perspetivas referidas, nunca excluindo uma em detrimento da outra, assumindo uma posição neutra. A tetractis pitagória serve de estrutura formal ao conto. Esta pirâmide é preenchida e ornamentada com os recursos e a força dominadora que os símbolos lhe emprestam: por um lado, os números concorrem para compor as sequências temporais (da criação e da evolução) que compõem o enredo; por outro, a simbologia dos elementos vai fazendo subir, degrau a degrau, o estado de hominização de Adão, na complementaridade de Eva que bate as pedras da civilização, rumo à perfeição que se manifesta na atividade artística.
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