DINÂMICA ESPACIAL E TEMPORAL DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C
2017; FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO; Volume: 24; Issue: 4 Linguagem: Português
10.17696/2318-3691.24.4.2017.802
ISSN2318-3691
AutoresAllan Dantas dos Santos, Damião Conceição Araújo, Andréia Freire de Menezes, Shirley Verônica Melo Almeida Lima, Marco Aurélio de Oliveira Góes, Karina Conceição Gomes Machado de Araújo,
Tópico(s)Healthcare Systems and Reforms
ResumoIntrodução: O Vírus da Hepatite C (HCV) é uma das principais causas de doença hepática crônica em todo o mundo. O Brasil é um país com uma prevalência intermediária de 1% a 2% e com características epidemiológicas distintas conforme região geográfica estudada. Objetivo: Analisar a dinâmica espacial e a tendência temporal da infecção pelo vírus da hepatite C no estado de Sergipe, durante o período de 2007 a 2015. Material e métodos: Estudo ecológico e descritivo, através do uso de dados secundários dos casos de HCV notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2007 a 2015. Analisaram-se as tendências temporais por sexo e faixa etária através de regressão linear, considerando-se p<0,05 e obtendo-se a variação percentual anual (APC). Para a análise espacial foi adotado o estimador de densidade Kernel, sendo as análises realizadas no software TerraView 4.2.2. Resultados: Foram notificados 567 casos de hepatite C no estado de Sergipe. Predominou o sexo masculino (62,08%); pardo (66,13%); faixa etária de 50 a 59 anos (31,74%). A coinfecção HIV/HCV ocorreu em 5,64% (n=32). A prevalência variou de 2,51 (2007) para 3,34 (2015) casos por 100 mil habitantes, aumento de 33,06%. Observaram-se tendências decrescentes para crianças e adultos de 20 a 39 anos, e crescentes, para adolescentes, adultos de 40 a 59 anos e idosos. A análise espacial permitiu a construção de mapas apontando a existência de clusters (“hot spots”), no entanto não foi verificada presença de autocorrelação espacial, apresentando uma distribuição espacial heterogênea da infecção pelo HCV. Conclusão: Apesar das flutuações nas taxas, no geral ocorreu uma tendência crescente da ocorrência de casos de hepatite C no estado de Sergipe.
Referência(s)