
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS EM CRIANÇAS BRASILEIRAS: OS CUIDADORES SÃO CAPAZES DE DETECTAR OS PRIMEIROS SINAIS DE ALERTA?
2018; Elsevier BV; Volume: 36; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/1984-0462/;2018;36;1;00008
ISSN1984-0462
AutoresSaulo Duarte Passos, Francila Ferreira Maziero, Diego Quilles Antoniassi, Lidiane Trevisan de Souza, Arianna Freire Felix, Eloise Dotta, Monica Ester Orensztejn, Evaldo Marchi, Rosa Estela Gazeta,
Tópico(s)Cystic Fibrosis Research Advances
ResumoRESUMO Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento do cuidador em relação aos sinais e sintomas respiratórios de Infecções Respiratórias Agudas (IRA) e a percepção dos mesmos em relação às crianças que necessitam de assistência médica. Métodos: Estudo prospectivo e transversal, no qual um questionário padronizado com itens relacionados à percepção da gravidade dos sinais e sintomas de IRA foi administrado a cuidadores de pacientes pediátricos admitidos no serviço de emergência de um hospital universitário no período de agosto de 2011 a maio de 2012. A análise estatística foi realizada com os testes do qui-quadrado e t-Student para determinar quais variáveis contribuíram para o reconhecimento pelos cuidadores da gravidade das doenças respiratórias agudas. Resultados: Foram entrevistados 499 cuidadores. As causas de IRA mais citadas foram Síndrome gripal (78,6%), Resfriado comum (73,9%), Faringites (64,1%) e Pneumonia (54,5%). Febre (34,1%) e Tosse (15,8%) foram as principais razões para a procura de atendimento. Os sinais de gravidade mais citados pelos cuidadores foram: febre (99,6%), dispneia (91,4%), sibilância (86,4%), adinamia (80,2%), tosse (79,8%) e taquipneia (78,6%). O histórico de doença respiratória anterior do paciente (p=0,002), a idade (p=0,010) e o estado civil do cuidador (p=0,014) foram as variáveis significativamente associadas com taquipneia, o sintoma mais grave de IRA. Conclusões: Embora cuidadores pediátricos possam perceber os principais sinais de IRA, eles não são capazes de reconhecer a gravidade destes, o que pode atrasar os cuidados médicos e impedir o tratamento precoce.
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