Manuseio da Síndrome de Trousseau de malignidade em pacientes acometidos por Neoplasias
2017; Editora Universidade Severino Sombra; Volume: 8; Linguagem: Português
ISSN
2179-2739
AutoresAlex Pereira Ramos, Fernando de Almeida Werneck,
Tópico(s)Healthcare during COVID-19 Pandemic
ResumoA Sindrome de Trousseau de Malignidade e um disturbio de coagulacao associado a coexistencia de doenca neoplasica, quando fenomenos tromboticos ocorrem no paciente, podendo levar muitas vezes a obito1,2. A frequencia de trombose esta relacionada diretamente com o estagio do tumor; quanto mais avancado, mais sera o risco para o desenvolvimento da sindrome. O fenomeno trombotico decorrente deste disturbio de coagubilidade e a segunda causa de morte em pacientes com neoplasias. Este trabalho visa revisar o manuseio da sindrome de trousseau de malignidade em pacientes acometidos por neoplasias. Constitui-se de uma revisao de literatura, tendo sido realizada entre junho de 2016 e julho de 2016, no qual realizou-se uma consulta a sites e artigos publicados em portais online. A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando as terminologias cadastradas nos Descritores em Ciencias da Saude. Fenomenos tromboembolicos associados ao câncer constituem um problema clinico extremamente comum na pratica diaria. A fisiopatologia provem da inducao das celulas malignas, que se da pela expressao de interlecuina-1B e TNF-a, que ativam a liberacao de FT pelos monocitos e pelo endotelio. O FT e produzido ate por inducao de celulas pre-malignas; assim, e importante que o diagnostico de câncer seja uma hipotese diagnostica sugestiva em pacientes com disturbio agudo na coagulacao. O FT se liga ao fator VII, ativando-o. Outro metodo de ativacao e pelo CP (câncer procoagulante), que ativa diretamente o fator X5. A profilaxia anticoagulante primaria esta indicada em pacientes oncologicos internado em ambiente hospitalar por indicacao clinica ou cirurgica. Estudos recentes evidenciam que o uso de heparinas de baixo peso molecular (HBPM) sao as mais contempladas6. Estudos sugerem tambem o uso de um anticoagulante oral no uso da profilaxia, como apixaban, um excelente farmaco para ser usado diariamente fora de ambiente hospitalar3-5. O uso desse metodo de profilaxia gera uma reducao de mortalidade de 15% dos obitos por trombose venosa profunda. Como dito, fenomenos tromboembolicos associados ao câncer constituem um problema clinico extremamente comum na pratica diaria. Atualmente existem anticoagulantes que respondem eficazmente a terapeutica profilatica clinica e cirurgica, como a HBPM, e em meio extrahospitalar, como a apixaban, de uso oral. Percebendo o avanco da doenca neoplasica na epidemiologia mundial e sendo a TVP a segunda maior causa de morte em pacientes com câncer, a identificacao de alvos terapeuticos especificos para o estado de hipercoagubilidade nesses pacientes esta se tornando um importante desafio a ser solucionado nas proximas decadas.
Referência(s)