Lênin e a unidade dialética na teoria do partido e da revolução
2018; Sociedade Hegel Brasileira; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português
10.36592/opiniaofilosofica.v8i2.804
ISSN2178-1176
Autores Tópico(s)Brazilian History and Foreign Policy
ResumoO objetivo geral de nosso artigo é o de verificar nossa hipótese preliminar, fundamentada nos estudos de Hector Benoit, de que, longe de uma ruptura definitiva, explícita e radical, de um primeiro leninismo “pré-dialético” (antes de 1914) e de um segundo leninismo “dialético” (após 1914), existe unidade permanente (lógico-histórica) na teoria de partido e na estratégia do programa revolucionário em Lênin, desde as palavras aparentemente burocráticas de O Que Fazer? e Um passo em frente, dois passos atrás, até as palavras libertárias pronunciadas às vésperas da insurreição de 1917; desde a ditadura democrática do proletariado e dos camponeses (defendida em Duas Táticas) até o poder aos sovietes (sintetizadas a partir de suas célebres Teses de Abril, por sua vez, desenvolvidas com o auxílio de seus estudos contidos nos Cadernos). Nossa orientação metodológica não leva em consideração somente o conteúdo filosófico de algumas obras específicas, como também o de suas circunstâncias histórico-biográficas e o de suas consequências políticas. Assim, concluímos que ao não ignorar O Capital de Marx e avançar a sua compreensão sobre Hegel (e a dialética) em um momento histórico crítico, Lênin fortaleceu sua teoria do partido e da revolução.
Referência(s)