
SÍNDROME HELLP ATÍPICA: RELATO DE CASO
2017; Volume: 12; Issue: 1 Linguagem: Português
10.29184/1980-7813.rcfmc.52.vol.12.n1.2017
ISSN2965-6575
AutoresThiago Tavares Bernardo, Kárita Morrana de Lima Nunes, Kelli da Silva Gonçalves, Ana Carolina Cesário Machado, Jessika Arguelo Martins, Sumara Vargas Hubner Valinho, Kathelyn Ferreira Cordeiro,
Tópico(s)Maternal and Neonatal Healthcare
ResumoIntrodução: O acrônimo HELLP descrito em 19821 é uma síndrome que cursa com hemólise (H), aumento das enzimas hepáticas (EL) e plaquetopenia (LP) em uma paciente com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia2. Ela pode ser completa ou incompleta, possuindo critérios diagnósticos para tal3. Os sinais e as manifestações clínicas mais frequentes são: proteinúria, hipertensão, dor epigástrica, náuseas e cefaleia2. É mais frequente no terceiro trimestre, mas pode ocorrer também no segundo trimestre e no pós-parto 2. Objetivos: Relatar um caso incomum de uma paciente com síndrome HELLP precoce. Métodos: Estudo descritivo e documental baseado na coleta de dados clínicos e laboratoriais, além de revisão de literatura nas bases de dados eletrônicos. Relato de caso: Gestante, 29 anos, negra, multípara, procurou serviço de emergência obstétrica com queixa de dor epigástrica e desconforto abdominal em quadrante superior direito, além de náusea e vômitos. Foram encontrados níveis reduzidos de plaquetas e níveis elevados de AST e ALT. A paciente foi internada. Após apresentar quadro de epistaxe, foi encaminhada para maternidade de referência para gestação de alto risco, onde apresentou quadro agudo de hipertensão arterial. O conjunto de sinais e sintomas orientaram o diagnóstico de Síndrome HELLP, sendo realizada cesariana. Durante o procedimento, a paciente apresentou hemorragia de difícil controle, sendo realizada uma medida terapêutica incomum para a reversão do quadro, que se baseou na utilização de ácido tranexâmico em bolus. A puérpera foi mantida em observação na UTI, depois liberada para a enfermaria e, após alguns dias, recebeu alta hospitalar. Discussão: O quadro apresentou-se de maneira muito precoce e atípica, o que poderia ter piorado o quadro clínico da paciente, caso não tivesse sido diagnosticado a tempo, além disso a conduta terapêutica alternativa utilizada para a reversão da hemorragia descontrolada foi de suma importância. Conclusão: A síndrome HELLP é uma importante complicação obstétrica, que deve ser sistematicamente investigada na presença de sinais e sintomas que possam sugerir a sua ocorrência, visando assim melhorar o prognóstico da paciente e, quando possível, do feto. Além disso, utilização do ácido tranexâmico em bolus nesses casos complicados é uma conduta que pode ser adotada para a reversão do quadro hemorrágico 4, portanto gestantes com queixa de dor epigástrica e/ou em quadrante superior abdominal devem ser investigadas sistematicamente 5. Palavras-chave: Emergências; Obstetrícia; Síndrome HELLP;
Referência(s)