Artigo Acesso aberto Produção Nacional

METÁFORA E SÍMBOLO: A ESTÉTICA DO SAGRADO NA LINGUAGEM POÉTICA

2018; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português

10.25247/2237-907x.2017v7n2.p238-250

ISSN

2237-907X

Autores

Leyla Thays Brito da Silva,

Tópico(s)

Linguistics and Discourse Analysis

Resumo

Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre a representação do sagrado na linguagem poética. Para o conceito de sagrado, adotamos a proposição do filósofo Georges Bataille, em sua obra L'Expérience Intérieure, na qual o autor localiza a matéria sagrada em dimensões da experiência humana, que são inapreensíveis racionalmente. Parado-xalmente, a poesia, ao se utilizar de signos especiais, como a metáfora e o símbolo, procura acessar essas zonas misteriosas da existência. Para entendermos o funcionamento dos signos poéticos, utilizamo-nos da hermenêutica de Paul Ricoeur, a partir da obra Teoria da Interpretação, em que o autor expõe, por um lado, a formulação lógico-discursiva da metáfora e, por outro, os enigmas e sombras do símbolo, que é marcado por características não-semânticas, as quais apontam os elementos sagrados de sua composição. A partir da análise de alguns textos poéticos, buscaremos identificar como se dá o processo poético conflituoso de encontro e também de impossibilidade de um alcance absoluto do sagrado.

Referência(s)