Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estudo da astronomia como atividade de extensão no IF Catarinense - Câmpus Rio do Sul

2014; Issue: 01 Linguagem: Português

10.21166/2358-2499.2014.n1.p79-84

ISSN

2674-9319

Autores

Jônatas Steinbach, Ricardo Kozoroski Veiga, A. Clebsch, Moinik Borghezan,

Tópico(s)

Science Education and Pedagogy

Resumo

Este trabalho tem como objetivo discutir controvérsias geradas pelas concepçõesespontâneas de estudantes e professores frente a temas de Astronomia,os quais são trabalhados na educação básica, bem como socializar com a comunidadeacadêmica ações para a construção de conhecimentos científicos naárea. Sabe-se que o ensino de ciências em espaços formais ou não formais deensino dissemina os conhecimentos historicamente produzidos pelas diferentesciências, na tentativa humana de explicar e regular os fenômenos naturaise produzir tecnologias. A astronomia, por exemplo, faz parte da curiosidade daspessoas. Entender as fases da lua, duração do dia e da noite, estações do ano, formatoda Terra são questões que permeiam a mente humana desde a tenra idade.A abordagem conceitual da astronomia na educação básica, muitas vezes, acabapor apresentar vários pontos, geralmente desconhecidos por parte dos alunos,além dos conceitos abordados entrarem em conflito com as concepções que osestudantes já têm acerca dos fenômenos. Em geral, os professores, ao trabalharcom esses temas, fazem pouca ou nenhuma ligação com o conhecimento empíricodo estudante. É importante considerar que, quando ingressam na escola,os estudantes esperam sanar suas dúvidas e entender as explicações científicasdos diferentes fenômenos. Nota-se que em toda a educação básica a astronomiaé abordada quase que exclusivamente do ponto de vista teórico, tanto pela faltade recursos para a aquisição de equipamentos de observação, quanto pela metodologiautilizada pelos professores, que em geral consideram este conteúdocomo secundário dentro das disciplinas. No ensino fundamental, a astronomiaé abordada sob o ponto de vista da disciplina de geografia, apresentando o universo como um conjunto de galáxias, compostas por estrelas que possuem, ounão, planetas em suas órbitas e estes, algumas vezes, possuem satélites naturais. Neste nível de ensino, também são abordadas as fases da lua, as estações doano e suas relações com o calendário. No ensino médio a astronomia é abordadaatravés do ensino da gravitação. Para a maioria dos autores, esse conteúdo édiscutido nos livros didáticos já nos primeiros volumes. Normalmente, são abordadosaspectos históricos relativos à evolução das ideias sobre o sistema solar euniverso, a lei da Gravitação Universal e as leis de Kepler.Como as concepções espontâneas muitas vezes estão longe das científicas,é preciso considerá-las no ensino, pois elas geram conflitos cognitivos epodem ser bastante resistentes a mudanças interferindo no processo de aprendizagem.Com a finalidade de contribuir com a divulgação científica de conhecimentosna área de astronomia e na tentativa de suprir a carência dos conteúdosescolares, foi criado, em 2012, o grupo Astronomia e Ufologia do Instituto Federalde Educação Ciência e Tecnologia Catarinense – Câmpus Rio do Sul.

Referência(s)