
Leishmaniose visceral em cães de assentamentos rurais
2017; Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA); Volume: 37; Issue: 11 Linguagem: Português
10.1590/s0100-736x2017001100016
ISSN1678-5150
AutoresJosé D. Silva, Demmya Haryssam Menezes Melo, José A.G. Costa, Diego Figueiredo da Costa, Raizza Barros Sousa Silva, Márcia Almeida de Melo, Sérgio Santos de Azevêdo, Clebert José Alves,
Tópico(s)Leptospirosis research and findings
ResumoRESUMO: Nos assentamentos rurais há maiores concentrações de reservatórios e vetores da leishmaniose visceral canina (LVC) devido às transformações ambientais resultantes da ação antrópica pela ocupação do território, no entanto, não há estudos no Brasil acerca de informações epidemiológicas da LVC em assentamentos rurais. O objetivo do presente trabalho foi determinar a soroprevalência para Leishmania sp. em cães de assentamentos rurais, bem como identificar os fatores de risco associados a infecção. Foram utilizados 306 cães e o diagnóstico sorológico da LVC foi realizado através do ELISA S7. Dos 306 cães investigados, 118 apresentaram anticorpos anti-Leishmania sp., resultando em frequência de 38,6%. Idade de 12 - 24 meses (OR=2,97), idade de 24--48 meses (OR=4,83), idade de 4-6 anos (OR=4,40), idade >6 anos (OR=3,62), contato com aves (OR=1,67) e sexo (fêmea) (OR=1,97) foram apontados como fatores de risco para LVC. Cães de assentamentos rurais do semiárido paraibano apresentaram frequência elevada de anticorpos anti-Leishmania sp., o que torna a população desses locais susceptíveis à infecção. Isso evidencia a necessidade de alerta aos órgãos de vigilância epidemiológica para estabelecer medidas de prevenção e controle dessa zoonose, incluindo ações educacionais e sanitárias nesses assentamentos, já que os mesmos estão situados em áreas com características propícias à instalação da LVC.
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