
TINGIMENTOS NATURAIS NA FIBRA DE BANANEIRA: UMA PROPOSTA SUSTENTÁVEL PARA O ARTESANATO DO CARIRI CEARENSE
2017; Volume: 3; Issue: 2 Linguagem: Português
10.33809/2447-4606.32201746-63
ISSN2447-4606
AutoresSaymo Venicio Sales Luna, Antônio Italcy de Oliveira Júnior, Cristina Rejane Feitosa Silva,
Tópico(s)Agricultural and Food Sciences
ResumoOs corantes químicos geram impactos negativos no meio ambiente. Os mesmos são amplamente utilizados no tingimento de tecidos, fios e fibras para fins artesanais. Objetivou-se realizar experimentos utilizando corantes naturais, menos agressivos ao meio ambiente, extraídos do açafrão<strong> </strong>(<em>Curcuma longa</em> L.), hibisco (<em><span style="text-decoration: underline;">Hibiscus rosa-sinensis)</span></em> e jenipapo (<em>Genipa americana</em>) para tingimento de fibras da bananeira visando à aplicação da mesma em peças produzidas pelo artesanato da região do Cariri cearense. Os pigmentos foram obtidos a partir de extrações aquosas a quente, com agitação constante. Como mordente, foi utilizado o alúmen de potássio. Os substratos foram tingidos a partir do aquecimento dos corantes obtidos junto a fibra de bananeira. Após tingimento, as fibras foram lavadas e colocadas para secar a temperatura ambiente. O açafrão apresentou um pigmento amarelo intenso, o hibisco um avermelhado e com o jenipapo foi obtida uma coloração cinza. De modo geral, os pigmentos obtiveram um bom desempenho de aderência à fibra, sendo que o hibisco foi o que apresentou menor aderência e o açafrão foi o de melhor desempenho. Conclui-se com este trabalho que existe um grande potencial para a utilização dessa técnica por grupos de artesãos locais no Cariri cearense. Destaca-se que essa alternativa possibilita a substituição ou a redução da solicitação dos corantes químicos por estes profissionais na composição de suas peças.
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