O desenho infantil como escuta sensível na pesquisa com crianças: inquietude, invenção e transgressão na elaboração do mundo
2017; Volume: 32; Issue: 02 Linguagem: Português
10.5020/23180714.2017.32.2.172-179
ISSN2318-0714
AutoresLuciane Germano Goldberg, Ana Maria Monte Coelho Frota,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoO artigo nasceu das discussoes geradas a partir do encontro dos poemas de Manoel de Barros com diversos olhares teoricos sobre a infância. Buscando desconstruir a perspectiva de infância unica e de criancas abstratas, dialogamos com estudiosos como Heywood (2004), Kohan (2007), Cohn (2005), Sarmento (2001), Leite (2008), Ferreira (2008), Francischini Campos (2008, 2012), Gobbi (2002), Dermatini (2002), Corsaro (2009), Delgado e Muller (2008), Rocha (2008), Gouvea (2008), dentre outros. Discutimos acerca da necessidade da escuta da crianca, compreendida como um sujeito de direitos, competente e cidada. Privilegiamos o desenho infantil como via de acesso para uma pesquisa com as criancas e nao sobre elas. Dividimos nossas reflexoes em tres momentos: um inicial, que abordara reflexoes acerca das variadas leituras sobre crianca e infância; um segundo, que tratara de questoes metodologicas na pesquisa com criancas; e, por ultimo, uma reflexao acerca da importância do desenho infantil como porta-voz do universo delas. Afirmamos que se torna necessario repensar a infância a partir de outros quadros de referencia, propondo um resgate da autonomia das criancas atraves da apropriacao dos seus discursos. Concluimos que a crianca possui uma cultura propria, e que, portanto, a expressa por meio da linguagem e dos simbolos, se constituindo como um ser singular que busca seu espaco na sociedade.
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