Artigo Produção Nacional

INTERFACES ENTRE OS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAIS EM ATLETAS COM LESÃO MEDULAR ESPINHAL PRATICANTES DE RUGBY EM CADEIRA DE RODAS

2017; Editora Rede UNIDA; Volume: 4; Issue: 8 Linguagem: Português

ISSN

2358-8306

Autores

Márcia Luciane Drumond das Chagas e Vallone, Larissa de Oliveira e Silva, Lavênia Jònia Marques Azeredo, Luiza Maria Ferreira, Shayene Kellen Fernandes,

Tópico(s)

Inclusion and Disability in Education and Sport

Resumo

INTRODUCAO: Os principios da classificacao esportiva para atletas com deficiencia tem funcao de extrema importância na determinacao de suas habilidades, bem como garantir que medidas para avaliacao desses atletas sejam validas, confiaveis e baseadas em evidencias. Utilizar das interfaces entre os sistemas de Classificacao Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saude (CIF), e a Classificacao Funcional (CF) e um dos desejos do Comite Paralimpico, o que poderia fundamentar e direcionar estudos em atletas paralimpicos, como aqueles com lesao medular espinhal (LME) praticantes de Rugby em cadeira de rodas (RCR). OBJETIVO: Buscou-se identificar medidas de associacao entre os dois sistemas de classificacao: Classificacao Funcional do RCR e a CIF, sob a luz dos modelos te—ricos que as fundamentam, suas interfaces e distanciamentos. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal observacional realizado em atletas, com LME - Tetraplegia, do time Minas Quad Rugby. A pesquisa possui aprovacao do Comite de Etica em Pesquisa da Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais (CAAE: 64803517. 4.0000.5137) e todos os atletas participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os instrumentos de medidas selecionados objetivaram classificar os atletas em todos os dominios da CIF e incluir aqueles previamente avaliados e classificados na CF. No RCR a classificacao e composta por tres fases distintas: avaliacao fisica, da tecnica e por observacao (no jogo). A avaliacao das incapacidades incluiu avaliacao fisioterapeutica, levantamento de lesoes, a utilizacao dos seguintes instrumentos: World Healthy Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0); Medida de Independencia Funcional (MIF); Protocolo de Levantamento de Problemas para a Reabilitacao (PLPR); WHOQOL-BREF e a Escala de Classificacao Neurologica da Lesao Medular (ASIA). RESULTADO: Os atletas tinham idade media de 31,4 anos, com classes funcionais entre 0.5 e 3.0, sendo que a baixa pontuacao na CF e indicativa de menor capacidade funcional. A correlacao entre os escores da MIF e a pontuacao da CF foi positiva e boa, demonstrando existir associacao nos dominios de atividade e participacao. No PLPR, os resultados variaram de 4,08 a 27,7, indicando que na auto percepcao, os atletas classificam sua limitacao como leve. A qualidade de vida foi avaliada como boa somente no dominio das relacoes sociais. CONCLUSAO: Observa-se que mesmo encontrando correlacao entre as medidas de deficiencia das funcoes corporais e limitacao de atividades, nos dois sistemas de classificacao, as medidas de deficiencias apresentam baixa associacao com medidas de atividade ou participacao em atletas com lesao medular, praticantes de RCR. Alem disso, a necessidade de definir e especificar quais medidas de deficiencia e limitacao de atividades seriam validas e confiaveis para indicar o grau de incapacidade mostra que muitos estudos cientificos ainda precisam ser conduzidos nessa nova area de atuacao do Fisioterapeuta.

Referência(s)