Mediadores culturais na história cultural: o que aprendemos ao estudarmos as complexas atividades de transferência dos mediadores na Bélgica do período entreguerras?
2018; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português
10.36113/litterata.v7i2.1808
ISSN2526-4850
AutoresReine Meylaerts, Maud Gonne, Tessa Lobbes, Diana Roig-Sanz,
Tópico(s)Cultural Identity and Heritage
ResumoEste artigo enfoca os mediadores culturais do período entre guerras na Bélgica de um ponto de vista plural, tanto metodológico quanto disciplinar, levando em consideração suas atividades e papeis plurais e as várias maneiras pelas quais essas atividades e papeis interagem e se influenciam. Para traçar uma história cultural transnacional que complete a pesquisa sobre histórias nacionais e locais é necessário estar ciente de que os caminhos da história cultural não são nem lineares nem unidirecionais. A pesquisa sobre mediadores culturais tem o potencial de oferecer uma visão sobre o (evolução) impacto das transferências culturais na vida cultural (’nacional’ multilinguística), na rica constelação da mediação cultural (dos mediadores bilíngues até os monolíngues) e na relação entre transferências artísticas (frequentemente mais bem sucedidas) e transferências literárias (menos eficazes), que podem ser estendidas para a pesquisa em outros contextos multilinguais. Mediadores culturais destacam os laços e ajudam a superar a ideia simplista de culturas que fornecem e culturas que consomem. A ênfase nas relações, interações e circulações vai além da análise dos contatos efetivos incluindo também as consequências, a saber, como as práticas adquirem novos sentidos no processo de transferência. Essa abordagem relacional ajuda na aproximação e distanciamento dos grupos de agentes e das partes interessadas, focando nas interações entre pequenas regiões literárias ou tradutórias em relação à sua contraparte.
Referência(s)