Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Propércio e a leitura dos sinais divinatórios

1991; Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC); Volume: 4; Issue: 4 Linguagem: Português

10.24277/classica.v4i4.583

ISSN

2176-6436

Autores

Zélia de Almeida Cardoso,

Tópico(s)

Classical Antiquity Studies

Resumo

A história de Roma, desde os seus primórdios, está vinculada a adivinhações de sinais feitas por áugures e arúspices. O povo aceitava passivamente essas práticas e as julgava legítimas. Os intelectuais, porém, mostram posições bastante pessoais quanto a esse hábito. Enquanto alguns filósofos, como Cícero e Lucrécio, as criticam com base em princípios racionais, os poetas não as encaram de maneira similar. Virgílio e Tibulo, por exemplo, tratam do assunto com naturalidade, parecendo considerar a prática divinatória como parte da tradição cultural romana; Propércio, entretanto, valendo-se de recursos artísticos, ridiculariza a adivinhação sob todos os seus aspectos, tratando-a com jocosidade e irreverência.

Referência(s)