Almas delirantes (1925) por Luís Cebola: a poética da psique humana e o médico como mediador entre o universo da doença mental e a sociedade
2018; Fundação Oswaldo Cruz, Casa de Oswaldo Cruz; Volume: 25; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0104-59702018000100009
ISSN1678-4758
Autores Tópico(s)Youth, Drugs, and Violence
ResumoResumo Luís Cebola publicou em 1925 o volume Almas delirantes, onde apresentava diversas psicopatologias não de um ponto de vista médico-científico, mas elaborando retratos metafóricos e líricos, demonstrando que a perceção que tinha sobre os doentes ultrapassava a de objetos de estudo científico, constituindo um processo de identificação, empatia e compaixão. Cebola definia os estados psicopatológicos por oposição à normalidade, salientando, todavia, que estas doenças poderiam surgir em qualquer indivíduo, funcionando o livro simultaneamente como um aviso aos leitores. O volume permitia-lhe ainda divulgar o Museu da Loucura, que criara na Casa de Saúde do Telhal, e a arte dos seus pacientes, colocando-se assim na posição de mensageiro entre o universo fechado do hospital psiquiátrico e a sociedade portuguesa.
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