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EFEITO DA INFECÇÃO DE METARHIZIUM ANISOPLIAE SOBRE A ATIVIDADE PROTEOLÍTICA PRESENTE EM INTESTINO DE RHIPICEPHALUS MICROPLUS

2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 23; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5380/avs.v23i1.57383

ISSN

2317-6822

Autores

Soraia John da Silva, Cristiane Martins Cardoso, Marta Rafaela Dos Santos, Wendell Marcelo de Souza Perinotto, Vânia Rita Elias Pinheiro Bittencourt,

Tópico(s)

Insect and Arachnid Ecology and Behavior

Resumo

Este trabalho pretende contribuir para o estudo de formas alternativas de controle de Rhipicephalus microplus através do fungo Metarhizium anisopliae. Com o objetivo de avaliar o efeito deste fungo sobre a atividade de proteases do carrapato bovino, 80 fêmeas ingurgitadas de R. microplus foram divididas em grupo controle e grupo de tratamento (48h de tratamento). As fêmeas tratadas foram imersas nas suspensões conidiais e os controles em água destilada estéril acrescida de Tween 80 0,1%. Foi feita a dissecção das fêmeas e os intestinos foram lavados, secos em papel de filtro para a retirada do excesso de líquidos e pesados. Foram então homogeneizados e a concentração protéica foi determinada. A presença da atividade proteolítica em extrato intestinal foi dosada pela hidrólise do substrato protéico hemoglobina e pela quantificação da tirosina. Nos valores de pH 4,0 e 5,0 foi encontrado um aumento da atividade frente o uso do fungo. Nestes valores de pH há presença principalmente de cisteíno e aspártico protease. Ao fazer uso de um inibidor de cisteíno protease (ditiotreitol) houve inibição de 74% e 54% da atividade proteolítica nos grupos tratado e controle, respectivamente. Enquanto isso, o outro inibidor de cisteíno proteases, phenylmethanesulfonyl fluoride, inibiu 86% e 80% da atividade proteolítica em grupos tratado e controle, respectivamente. Foi possível concluir com este estudo que há uma atividade majoritária de cisteíno proteases atuando em intestino de R. microplus e que esta atividade pode ser aumentada na presença do fungo entomopatogênico. Este aumento, por sua vez, pode ser decorrente de proteases do fungo ou do mecanismo de defesa do carrapato, o que sugere que M. anisopliae pode vir a ser uma forma de controle eficaz para este carrapato.

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