
O Baetatá existe realmente?
2006; Volume: 1; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5433/boitata.2006v1.e30666
ISSN1980-4504
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoPara a pesquisa do Atlas Lingüístico do Paraná (AGUILERA, 1994), utilizamos na coleta de dados o método direto, isto é, entrevistas realizadas in loco junto a informantes rurais, não escolarizados ou com baixo nível de escolarização, de ambos os gêneros, e na faixa etária de 30 a 60 anos, aos quais se aplicava um questionário de 325 perguntas. As seis últimas questões envolviam narrativas, lendas e crendices e, dentre estas, selecionamos a de n.º 319 sobre o boitatá ou baetatá para análise neste estudo. A questão era assim formulada: “O (A) senhor(a) conhece alguma história sobre o boitatá?”. Uma vez afirmativa a resposta, seguiam-se outras questões com o objetivo de apurar alguma história vivenciada pessoalmente, ou que lhe fora relatada, como: “O (a) senhor(a) ou alguém de sua família já viu o boitatá?”, “como foi isso?”, “como ele é?”, “quem é o boitatá?”. Com base nos princípios teóricos da Dialetologia e da Geolingüística, discutimos a existência e a distribuição diatópica do mito entre os moradores rurais paranaenses, bem como a sua caracterização no imaginário popular.
Referência(s)