
Toxina botulínica tipo A nas DTM musculares: há eficácia?
2018; Volume: 24; Issue: 48 Linguagem: Português
10.15603/2176-1000/odonto.v24n48p1-13
ISSN2176-1000
AutoresMelina Triana Fassina, Renato Morales Jóias, Renata Pilli Jóias,
Tópico(s)Cancer Treatment and Pharmacology
ResumoOs objetivos dessa revisão da literatura foram verificar a eficácia da toxina botulínica tipo A (BTX-A) na diminuição da dor em indivíduos com DTM e identificar os parâmetros ideais para o local, número de aplicações, dosagens e tempo de duração. Foram selecionados 19 artigos das bases de dados do Google Acadêmico e PubMed, que incluíram 14 artigos de pesquisa clínica e 5 de revisão sistemática. Foi possível concluir a respeito da toxina botulínica que os músculos indicados para a aplicação são principalmente os masseteres e os temporais, podendo ser aplicado também nos músculos pterigoideos, lateral e medial, digástrico e platisma. Os locais de escolha são os que apresentam maior volume e sensibilidade à palpação (pontos-gatilho) ou maior atividade eletromiográfica em repouso. As dosagens variam de um total de 10U a 400U de BTX-A por indivíduo, sendo distribuídas pelos músculos indicados. A BTX-A, em geral, é aplicada em dose única, porem alguns autores preconizam uma segunda aplicação se a primeira não fez o efeito esperado. O efeito da toxina botulínica sobre os músculos e a dor, em geral, tem duração variada, sendo relatado desde 3 a 4 semanas até 3 a 5 meses. A maioria dos estudos observou à eficácia da BTX-A na diminuição da dor de indivíduos com DTM. Porém é necessário que mais estudos clínicos randomizados, duplo cegos, multicêntricos e controlados sejam realizados para que a eficácia da BTX-A seja comprovada e para que um protocolo de atendimento seja realizado.
Referência(s)