
A HORA PRESENTE: ENCENANDO A DOR E O SILÊNCIO EM A HORA DA ESTRELA
2018; Universidade Estadual do Suodeste da Bahia; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22481/folio.v9i2.2789
ISSN2176-4182
Autores Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoNeste artigo buscamos realizar uma leitura do romance A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector, em contribuição ao dossiê que homenageia os 40 anos de sua primeira publicação no Brasil. As reflexões apontam para o modo como a estrutura narrativa, sua tematização e o tensionamento dos limites da linguagem dão voz aos sons musicais e ao silêncio, criando outras sonoridades possíveis, diferentes daquela que embala a poética da civilização moderna. A hora presente, marcada ao longo de todo o relato, pontuaria uma profunda consciência do escritor/escritora sobre a escuridão de seu próprio tempo. De maneira análoga, este “hoje” demarcaria a trágica vida de Macabéa, destituída de experiências passadas e de um projeto de futuro possível. Nesse sentido, a personagem estaria presa entre o início e o fim, presa na hora exata de um silencioso e doloroso presente.
Referência(s)