
Uso do território e agricultura no Rio Grande do Norte: materialidades e estruturas
2018; Couffy-sur-Sarsonne; Volume: 34; Linguagem: Português
10.4000/confins.12942
ISSN1958-9212
Autores Tópico(s)Agricultural and Food Sciences
ResumoAs atividades agrícolas, assim como os circuitos espaciais de produção que se constituem a partir delas, são de grande importância para a dinâmica econômica nacional e para o contexto econômico do estado do Rio Grande do Norte (RN). No caso do RN, as atividades agropecuárias contribuíam com 3,4% do PIB estadual, em 2016, além de ocupar mais de 30% da população economicamente ativa. Para se compreender o uso agrícola do território potiguar faz-se necessário considerar os sistemas de engenharia que vertebram o território, assim como os circuitos espaciais de produção agrícolas nele estruturados. Considerando essa afirmativa, tem-se como objetivo analisar o uso do território a partir dos principais circuitos espaciais de produção agrícola no estado, levando em consideração a densidade técnica dessa atividade e a seletividade em relação aos lugares. Com esse trabalho pôde-se constatar que a maior densidade técnica empregada em atividades agrícolas no RN está presente nos circuitos espaciais de produção de frutas tropicais para a exportação e no de cana de açúcar. Os circuitos espaciais de produção de gêneros alimentícios voltados para o mercado interno como milho, mandioca e feijão apresentam redução de área cultivada e baixo nível técnico. Constatou-se também que a baixa pluviosidade característica do clima semiárido não é fator determinante para a baixa produtividade dos circuitos mais tradicionais de alimentos, mas sim a baixa densidade técnica.
Referência(s)