ÁLBUM DE CALIBAN: COELHO NETO E A LITERATURA PORNOGRÁFICA NA PRIMEIRA REPÚBLICA
2017; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22478/ufpb.1516-1536.2017v19n2.37688
ISSN2763-9355
AutoresLeonardo Mendes, Mariana Marcelino Silva Alvares,
Tópico(s)Gender, Sexuality, and Education
ResumoA partir de 1880, configura-se no Brasil um espaço novo de circulação de histórias licenciosas. O impresso pornográfico começa a aparecer nos anúncios de livrarias nos jornais de grande circulação. Surgem novos editores e livrarias, como a Livraria do Povo e a Livraria Moderna. A percepção de que havia um mercado para esta literatura era crucial para a decisão dos editores de investir nessas edições. Com o pseudônimo de Caliban, da peça A Tempestade (1611), de William Shakespeare, Coelho Neto criou uma persona para atender à demanda de literatura pornográfica, fabricando contos e crônicas licenciosos que foram publicados nos jornais de todas as regiões do país até o começo do século XX. Entre 1897 e 1898, os textos foram editados pela Livraria Laemmert em fascículos e reunidos no volume Álbum de Caliban. Neste estudo, vamos conhecer a faceta de autor licencioso de Coelho Neto e investigar sua atuação no incipiente mercado de literatura pornográfica na Primeira República.
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