Artigo Acesso aberto

A contemporaneidade de Bispo

2018; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 16; Issue: 32 Linguagem: Português

10.11606/issn.2178-0447.ars.2018.143624

ISSN

2178-0447

Autores

Kaira M. Cabañas,

Tópico(s)

Race, Identity, and Education in Brazil

Resumo

Arthur Bispo do Rosário, paciente psiquiátrico que representou o Brasil na Bienal de Veneza de 1995, talvez seja o artista outsider mais conhecido do país. A análise que proponho de sua obra considera o significado de respeitar os direitos dos loucos, abordando seus trabalhos pela perspectiva da arte contemporânea. Bispo nunca atribuiu estatuto artístico à sua produção. Investigo se classificar seu trabalho como arte contemporânea, como faz Frederico Morais, não abandona um tipo de controle epistêmico (o psiquiátrico) para adotar outro: um formalismo estético atemporal. Defendo a necessidade de mais estudos para compreender como Bispo, cuja identificação psicopatológica se confunde com a discriminação de raça e de classe, se tornou um dos artistas brasileiros de maior prestígio.

Referência(s)