A reescrita da oralidade nos manuais de redação jornalística: uma visada discursiva
2017; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE; Volume: 6; Issue: 02 Linguagem: Português
10.22297/dl.v6i2.2688
ISSN2316-1795
AutoresPhellipe Marcel da Silva Esteves,
Tópico(s)Education and Digital Technologies
ResumoEste artigo, escrito sob a orientação teórica da Análise do Discurso materialista (Pêcheux) e com contribuições da História das Ideias Linguísticas (Auroux), discutirá o modo como três manuais de redação jornalística brasileiros (da Folha de S. Paulo, d’O Globo e d’O Dia) produzem efeitos de sentido sobre desvio linguístico, classe social, sujeito e língua. Para isso, também incluímos como arquivo de análise, uma gramática de nível superior de ampla circulação (BECHARA, 2005 [1999]) e um livro-reportagem (BARCELLOS, 2003). A partir de sequências extraídas dessas materialidades, principalmente sobre a transcrição da fala para o registro escrito, pretendemos refletir sobre como determinados sujeitos vão sendo significados, e de que modo as diretrizes dos manuais de redação jornalística vão para além do jornalismo, afetando também sujeitos que leem produtos editoriais matricizados pelos manuais. Uma das nossas conclusões é que esses sentidos afetam, por exemplo, sujeitos em idade escolar, inscrevendo, na memória do discurso, gestos de interpretação que podem acabar sendo adotados em procedimentos textuais como a retextualização.
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