Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O idealismo transcendental segundo Schopenhauer: de Berkeley para além de Kant

2018; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ; Volume: 30; Issue: 49 Linguagem: Português

10.7213/1980-5934.30.049.ds02

ISSN

1980-5934

Autores

Dax Moraes,

Tópico(s)

Philosophy and Historical Thought

Resumo

Sabe-se que Schopenhauer louva Berkeley como um grande idealista ao lado de Kant, seu principal inspirador. Schopenhauer, por sua vez, não segue o caminho kantiano, antes elaborando uma dura crítica da Analítica Transcendental e reformulando profundamente a doutrina do conhecimento intuitivo. De Berkeley, Schopenhauer toma a tese de que “ser é ser percebido”, que, em suas palavras, corresponde à sentença “o mundo é minha representação”. Apesar disso, são poucas as vezes em que Berkeley é mencionado por Schopenhauer ainda que se trate de importantes ocasiões. Isso talvez possa servir como explicação para o estranho fato de ser tão raro encontrar o nome de Berkeley nos estudos sobre a metafísica ou a teoria do conhecimento de Schopenhauer, exceto como casuais alusões àquelas breves menções. Diante disso, o presente artigo consiste em uma introdução à seguinte tese: o idealismo transcendental de Schopenhauer desenvolve o pensamento berkeleyano, utilizando-se do ponto de vista kantiano, de maneira a levar este último à consequência que Kant teria querido evitar.

Referência(s)