
Literatura, Fronteiras e Margens: Poéticas Fronteiriças na Fronteira Brasil-Paraguai
2018; Volume: 19; Issue: 42 Linguagem: Português
10.5935/1981-4755.20180003
ISSN1981-4755
AutoresJosué Ferreira Oliveira Júnior,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoRESUMO O artigo busca refletir sobre a intrincada relacao entre literatura, fronteira(s) e margens como signos que acrescem renovados sentidos a leitura e a abordagem criticas de obras e de artefatos artistico-literarios que emergem de/em contextos fronteiricos. Ressalta, dentre outros aspectos, o crescente interesse por experiencias literarias e textualidades contemporâneas varias, cuja marca se traduz no atravessamento e na superacao das fronteiras que tornavam em outros tempos, mais ou menos, identificaveis os diferentes campos da atuacao artistica, seus meios de producao e as ferramentas de abordagem teorico-criticas. Destaca, ainda, a flagrante eclosao de hermeneuticas fronteiricas, que atuam nao so no sentido de ampliar as possibilidades de leitura e abordagem criticas, mas, tambem, de reacender as discussoes e o interesse sobre as fronteiras e os limites da literatura e do literario, de modo a abrigar um conjunto de novissimas textualidades que desafiam, por assim dizer, as concepcoes normativas destas nocoes, tornando evidente o aspecto reducionista de que estao cercadas. O trabalho se volta para uma fronteira bem especifica: a do Brasil com o Paraguai; para o portunhol selvagem, de Douglas Diegues, como uma experiencia literaria paradigmatica, no contexto da literatura contemporânea, ao assumir como projeto estetico-politico a superacao das fronteiras geograficas, linguisticas e as da propria literatura, alem de lancar luzes sobre expressoes literarias outras, tambem circunscritas a esse espaco fronteirico, como e o caso de Selva tragica (1956), por exemplo. A reflexao se dara com base nas teorias pos-coloniais e na critica decolonial.Palavras-chave: Literatura de fronteira; Poeticas selvagens; textualidades fronteiricas.
Referência(s)