Aedes aegypti e sociedade: o impacto econômico das arboviroses no Brasil
2017; Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português
10.21115/jbes.v9.n3.p267-76
ISSN2359-1641
AutoresVanessa Teich, Roberta Arinelli, L. Fahham,
Tópico(s)Mosquito-borne diseases and control
ResumoObjetivo: Arboviroses são motivo de preocupação para a saúde pública, com impactos clínicos e econômicos negativos. Este estudo teve o objetivo de avaliar custos de combate ao vetor, custos médicos diretos e custos indiretos associados à dengue clássica, dengue hemorrágica, chikungunya e infecção pelo Zika vírus (ZIKV) no Brasil, para o ano de 2016. Métodos: As análises quantificaram custos relacionados ao combate ao vetor, como repasses de recursos federais e aquisição de pesticidas, custos médicos diretos para tratamento das doenças por meio de condutas de manejo ambulatorial e hospitalar e custos indiretos relacionados ao absenteísmo, calculados com base em estudos publicados ou de estimativa de anos de vida ajustados por incapacidade (AVAIs). Resulta[1]dos: O investimento para combate ao vetor foi de R$ 1,5 bilhão no Brasil e o custo reportado pelo governo federal para aquisição de inseticidas e larvicidas foi de R$ 78,6 milhões. Custos médicos diretos geraram gasto total de R$ 374 milhões. Febre chikungunya apresentou o maior número de AVAIs perdidos por episódio da doença (0,036 AVAI), seguido pela infecção por ZIKV (0,005 AVAI). O custo indireto total foi estimado em R$ 431 milhões. Custos totais com o manejo das arboviroses atingiram impacto de R$ 2,3 bilhões no Brasil, em 2016. Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro apresentaram os maiores custos. Conclusões: Arboviroses geram consideráveis impactos econômico e social ao Brasil. Custos de combate ao vetor, custos médicos diretos e custos indiretos representaram 2% do orçamento previsto para a saúde no País, em 2016.
Referência(s)