Avaliação da pentoxifilina, inibidor não-seletivo de fosfodiesterases, sobre biomarcadores do estresse oxidativo e glicativo em camundongos submetidos à modelo de obesidade e intolerância à glicose
2017; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 38; Linguagem: Português
ISSN
2179-443X
AutoresMaiara Destro Inácio, Mariana De Campos Da Costa, Tayra Ferreira Oliveira Lima, Carlos Alberto Arcaro, Monalisa Freitas De Paula, Renata Pires Assis, Iguatemy Lourenço Brunetti, Amanda Martins Baviera,
Tópico(s)Paraoxonase enzyme and polymorphisms
ResumoIntroducao: Danos causados pelo estresse glicativo e oxidativo no diabetes mellitus (DM) como consequencia de hiperglicemia e dislipidemia contribuem para o surgimento de complicacoes micro e macrovasculares da doenca. Na busca por novas estrategias terapeuticas, tem sido observado que inibidores de fosfodiesterases sao promissores na prevencao/tratamento das complicacoes do DM. Dentre estes, destaca-se a pentoxifilina (PTX), que apresenta potencial antioxidante, anti-glicativo e anti-inflamatorio. Objetivo: Avaliar os efeitos do tratamento de camundongos em modelo de obesidade e intolerância a glicose com PTX, em diferentes doses, em biomarcadores do estresse oxidativo e glicativo. Metodologia: Camundongos Swiss machos foram alimentados durante 8 semanas com dieta padrao, controle (P; 3,85 kcal/g, 4% lipideos) e dieta hiperlipidica/hipercalorica (HL; 5,40 kcal/g; 35% de lipideos). A partir da 4a semana, foram iniciados os tratados diarios (i.p.) com veiculo (salina 0,85%; grupos P, HL) ou com PTX nas doses de 25, 50 ou 100 mg/kg (grupos em dieta HL: HP25, HP50, HP100, ou dieta P: P100), durante as proximas 4 semanas. Na 7a semana realizou-se o teste de tolerância a glicose oral (TTGO). Na 8a semana, os animais foram eutanasiados e amostras de sangue (obtencao de plasma) foram utilizadas na determinacao da atividade da enzima antioxidante paraoxonase (PON), niveis de produtos finais de glicacao avancada (AGE) e malondialdeido (MDA). Tambem foram removidos e pesados os tecidos adiposos epididimal e retroperitoneal. Resultados e discussao: Animais HL apresentaram intolerância a glicose, aumento nos niveis plasmaticos de MDA e AGE, bem como aumento no ganho de peso corporal e nas massas dos tecidos adiposos epididimal e retroperitoneal, quando comparados aos animais P. Os grupos em dieta HL e tratados com PTX, nas tres doses estudadas, nao apresentaram alteracoes no peso corporal e nos pesos de tecidos adiposos em relacao ao grupo HL. Animais HP25, HP50 e HP100 apresentaram reducao nos niveis de MDA (17%, 24% e 22%, respectivamente) e aumento na atividade da PON (44%, 42% e 35%, respectivamente), em relacao ao grupo HL. Alem disso, os tratamentos com PTX apresentaram potencial anti-glicativo, uma vez que foram observadas diminuicoes nos niveis de AGE (HP25 40%; HP50 42%; HP100 55%) em relacao ao grupo HL. Houve melhoria na tolerância a glicose nos grupos HP25 e HP50 em relacao ao HL. Animais P100 nao apresentaram diferencas em relacao ao grupo P em qualquer parâmetro analisado. Conclusao: Os tratamentos com PTX nas doses de 25 e 50 mg/kg foram os mais efetivos na melhoria dos disturbios relacionados a obesidade/resistencia insulinica, uma vez que atenuou o estresse oxidativo, estresse glicativo e intolerância a glicose.
Referência(s)