
Mário de Andrade no Brasil e no Rio da Prata: A tradução na reconfiguração do gênero crônica
2018; Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística; Volume: 1; Issue: 44 Linguagem: Português
10.18309/anp.v1i44.1163
ISSN1982-7830
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoO presente trabalho analisa a “poeticidade”, segundo palavras de Antonio Candido (1980), da crônica brasileira a partir de 1930. A mudança de rumo é trabalhada segundo a tradução de uma parte da obra cronística de Mário de Andrade, Crónicas de melancolíaeufórica (ALTER, 2016), e da sua inserção no Uruguai contemporâneo. Desta maneira, a tradução, enxergada do ponto de vista dos gêneros que relaciona, permite o diálogo entre duas tradições nas que o termo “crônica/crónica” não quer dizer exatamente o mesmo. Em função disso, busca-se estabelecer uma leitura de Mário de Andrade com Lima Barreto, outra afinidade que Candido sugere, mas também com dois cronistas relativamente contemporâneos a Andrade, mas de língua castelhana, como os argentinos Roberto Arlt e AlfonsinaStorni. Finalmente, traçam-se linhas comparadas e pontos de quebra da evolução da “crônica/crónica” no Rio da Prata e no Brasil nas últimas décadas, quando o termo passa a denominar textos diferentes em termos estéticos e obtém fortuna crítica divergente.
Referência(s)