
Revolta jeune-France, bousingotismo e licantropia: o republicanismo de Pétrus Borel (1809-1859)
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Issue: 23 Linguagem: Português
10.5007/2176-8552.2017n23p95
ISSN2176-8552
Autores Tópico(s)French Literature and Poetry
ResumoO contexto político da França de 1830 é marcado pela deposição deCarlos X, pela revolução republicana de julho e pela coroação do rei burguês,Luís Filipe I. Nesse contexto, uma nova geração de artistas e escritores,classificada como “pequenos românticos” pela história literária, desponta nocampo literário (Bourdieu, 2005) do romantismo francês. Alguns nomes destajuventude romântica, tais como Pétrus Borel, Théophile Gautier e Gérard deNerval, se reúnem no Pequeno Cenáculo (1829-1833), confraria artística simpatizantedas ideias republicanas e avessa à mediocridade e ao mercantilismoda Monarquia de Julho (1830-1848). Pétrus Borel, figura de proa do PequenoCenáculo, empreende uma confissão de republicanismo licantrópico no prefáciode sua primeira obra, Rhapsodies (1831). Estas particularidades tornamo Pequeno Cenáculo alvo das críticas do jornal Le Figaro que, por meio dadenominação pejorativa de Jeunes-France e de Bousingots, denuncia ironicamenteo extravagante artistismo republicano do grupo. Nesse contexto, o presentetrabalho trata da relação entre literatura e política na composição da identidadeenunciativa de escritor republicano-licantropo cunhada por Pétrus Borel.
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