
POLO NAVAL E PRODUÇÃO HABITACIONAL EM RIO GRANDE, RS - BRASIL
2017; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 35; Issue: 3 Linguagem: Português
10.4025/bolgeogr.v35i3.32752
ISSN2176-4786
AutoresBianca Reis Ramos, Solismar Fraga Martins,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoA cidade do Rio Grande sempre se caracterizou por uma industrialização pregressa, já que dispõe de um parque industrial importante desde o século XIX, e ao mesmo tempo pela instabilidade do seu parque industrial em termos de resultados sociais e espaciais para a cidade. Tal inconstância em sua economia fabril trouxe alguns resultados desastrosos para a cidade, sob as transformações ocorridas na economia nacional e aliadas à incapacidade do empresariado citadino de se adaptar às novas regras da economia brasileira e internacional. Esse ciclo de desenvolvimento e estagnação sempre trouxe consigo o acréscimo populacional e, consequentemente, resultantes espaciais, já que essa população necessitava, além de moradia, satisfazer as suas necessidades básicas na cidade. O último enclave industrial portuário teve início em 2005 com a implantação do Polo Naval Gaúcho, onde Rio Grande foi beneficiado devido as suas características geográficas. Estas são expressas pelo seu amplo espaço retroportuário assim como um calado compatível com a atividade naval, o que permitiu a instalação de grandes estaleiros no município. O presente artigo apresenta um recorte das resultantes espaciais após a implantação do Polo Naval Gaúcho na cidade do Rio Grande, como cidade protagonista dessa atividade industrial. Abordamos os reflexos da política habitacional ascendente/descendente na cidade, os entraves de uma política de habitação social e os conflitos gerados pela aceleração desse processo no auge do Polo Naval Gaúcho.
Referência(s)