
CARLOS GARDEL COMO PATRIMÔNIO CULTURAL NA ARGENTINA
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA; Volume: 36; Issue: 36 Linguagem: Português
10.22478/ufpb.2317-6725.2017v36n36.29192
ISSN2317-6725
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoNo presente artigo, analiso as práticas de ativação patrimonial realizadas em Buenos Aires para promover Carlos Gardel como patrimônio imaterial dessa cidade e da nação argentina de 1998 até o final da primeira década do século XXI. Para tanto, utilizo, como fontes, a materialidade resultante dessas ações realizadas pelo governo municipal de Buenos Aires: a legislação estabelecida, as intervenções no bairro do Abasto - especialmente a criação do Museo Casa Carlos Gardel - e as publicações produzidas no intuito de afirmar Gardel como portenho e argentino. Em pesquisa realizada anteriormente, havia demonstrado como Gardel construiu uma versão sobre a identidade nacional argentina em suas músicas, imagem e performances, como o próprio artista frequentemente se apresentou como representante dessa nação e como essa versão teve sucesso entre os seus públicos argentinos (constituindo motivo de disputa com os uruguaios) no período entre 1916 e 1935. No presente artigo, abordando um contexto histórico muito distinto, demonstro como as discussões recentes acerca do patrimônio imaterial trouxeram novamente à tona um nacionalismo argentino verificável nas ações realizadas de promover Gardel como patrimônio argentino e portenho.
Referência(s)