Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estrutura da comunidade arbórea da floresta atlântica de baixada periodicamente inundada na Reserva Biológica de Poço das Antas, Rio de Janeiro, Brasil

2006; Rio de Janeiro Botanical Garden Research Institute; Volume: 57; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/2175-7860200657309

ISSN

2175-7860

Autores

Fabrício Alvim Carvalho, Marcelo Trindade Nascimento, João Marcelo Alvarenga Braga, Pablo José Francisco Pena Rodrigues,

Tópico(s)

Tree Root and Stability Studies

Resumo

RESUMO Este estudo teve por objetivo descrever a estrutura e composição florística arbórea de dois fragmentos naturais de florestas periodicamente inundadas na Reserva Biológica de Poço das Antas e compará-los a outros tipos florestais da região. Seis parcelas de 30 m x 20 m foram alocadas em cada fragmento. Todas as árvores (DAP ≥ 10 cm) foram amostradas. Os dois fragmentos, denominados ARI e CM, apresentaram estrutura muito similar. Ao todo foram amostradas 628 árvores pertencentes a 31 espécies e 16 famílias, com forte dominância de espécies heliófilas tolerantes à inundação, como Calophyllum brasiliense, Symphonia globulifera (Clusiaceae) e Tabebuia cassinoides (Bignoniaceae). Estas três espécies foram responsáveis por 73% do valor de cobertura em ARI e 67% em CM. Os índices de diversidade de espécies (H' = 1,75 e 1,99, para ARI e CM respectivamente) foram próximos aos de outras florestas inundáveis do sudeste brasileiro. Os fragmentos apresentaram elevada similaridade florística devido à dominância destas espécies heliófilas. Entretanto, a similaridade de espécies foi baixa em relação às florestas bem drenadas adjacentes. Aparentemente, o alagamento do solo é o maior fator regulador da composição florística desta vegetação.

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