
“OS HIGIENISTAS ESTÃO VOLTANDO”: BIOPOLÍTICA, CLASSES SUBALTERNIZADAS E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO URBANO NO BRASIL
2018; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português
10.12957/rdc.2018.30172
ISSN2317-7721
AutoresMaiquel Ângelo Dezordi Wermuth, Joice Graciele Nielsson,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoO artigo analisa a repressão à ocupação do espaço público urbano no Brasil pelas camadas subalternizadas da população, a partir de episódios que ocorreram em épocas distintas e distantes no tempo e no espaço – a destruição do cortiço “Cabeça de Porco” (Rio de Janeiro-RJ), a desocupação/destruição da comunidade do Pinheirinho (São José dos Campos – SP), da Cracolândia (São Paulo – SP) e do prédio ocupado pelos “Lanceiros Negros” (Porto Alegre – RS). O objetivo geral da pesquisa é discutir a gestão biopolítica das camadas subalternizadas da população urbana brasileira ao longo da história do país. O problema de pesquisa reside na seguinte indagação: em que medida, na contemporaneidade, as instituições do país ainda seguem comprometidas com a “fantasia absolutista” de um controle dos corpos que era característica dos espaços de produção marcados pelo regime escravocrata? Parte-se da hipótese de que o modo truculento/violento como as desocupações analisadas no texto foram conduzidas, aliado às justificativas empregadas para legitimá-las, permitem evidenciar um movimento pendular, entre democracia e absolutismo, que marca a história das instituições brasileiras. A pesquisa foi perspectivada a partir do método fenomenológico.
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