Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

As cabecinhas estourando, a prisão do cientista e o cheiro da chuva: trauma, perplexidade e esperança em Não Verás País Nenhum

2018; Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO); Volume: 11; Issue: 26 Linguagem: Português

10.15848/hh.v0i26.1294

ISSN

1983-9928

Autores

Ana Carolina Monay,

Tópico(s)

Brazilian cultural history and politics

Resumo

Não Verás País Nenhum: entre 1976 e 1981, nascia nas páginas de Ignácio de Loyola Brandão um Brasil que, em um futuro distópico, não-mais-se-veria. Pós-catástrofe ambiental, em um momento de ápice do capitalismo e sob um regime político autoritário, o não-mais-Brasil de Loyola Brandão é apresentado por Souza, que, através de um ato de rememoração, tece uma narrativa visando responder à questão máxima “como foi possível que chegássemos aqui?”. O presente trabalho, tendo em perspectiva a noção de “leitura por Stimmung” de Hans Ulrich Gumbrecht, analisa como a narrativa de Souza apresenta o trauma, a perplexidade e a opacidade da esperança, buscando apreender, na medida do possível, algo da atmosfera do tempo e mundo de Loyola Brandão, o Brasil de fim da década de 1970 e início de 1980.

Referência(s)