As proletárias saint-simonianas e sua herança. Entre ocultação e (re)descoberta de seus itinerários e escritos
2017; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 19; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5007/2175-8034.2017v19n1p7
ISSN2175-8034
Autores Tópico(s)Historical Studies and Socio-cultural Analysis
ResumoAs proletárias saint-simonianas, tal como se autodenominavam, são autoras de uma parte importante do legado de Saint-Simon (Claude-Henri de Rouvroy, comte de Saint Simon, 1760-1825) e do saint-simonismo. No entanto, seu legado sofreu uma verdadeira indiferença ou mesmo supressão durante o século XIX, em particular os escritos de Clare Demar, demonizada como “mulher livre”, "mulher monstro”, “venenosa”. O primeiro estudo consagrado às mulheres saint-simonianas, em especial às proletárias saint-simonianas que criram o periódico La femme libre (1832-1834) foi publicado em 1926, pela socióloga Marguerite Thibert. Sua obra, ainda atual, se intituta Le féminisme dans le socialisme français de 1830 à 1850. Neste artigo nos desbruçaremos sobre seus escritos, em particular aos de Claire Demar e Suzanne Voilquin. Buscaremos abordar a diversidade interna das “proletárias”, apresentar seus escritos e propor uma leitura focada na modernidade do ponto de vista de um feminismo que interdita qualquer abordagem linear da história do feminismo.
Referência(s)