A educação como ética contra o conformismo – repensando o papel do educador
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Inglês
10.14244/198271992479
ISSN1982-7199
Autores Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoAbstract This text intends to think education as ethics against conformism. Conformism is understood here as a certain form of naturalization. The text seeks to develop what it is understood by naturalization and it will confront this conception with the question of ideology as presented mainly in the lines of Marilena Chaui. The whole issue will turn to the ways in which education relates to the social. Some metaphors will be used to think this naturalization – just like the fetters that bind men in Plato’s description of cave myth; or Descartes mistrust of tradition in his re?ection on the discourse on the method. The frst metaphor will be circular: it will appear in every argument – since these fetters will be associated with our way of conforming to the social. The second metaphor will be used as an engagement in the ability to doubt. To get rid of shackles and to question tradition without ignoring it – this is a central question in this text. In relation to ethics, an intention of engagement and authenticity is not concealed here. The text will turn to some pedagogical proposals and will go to a line of thought that goes against the cultural industry: against the principles of information/entertainment that often appear in the pedagogical discourse today. Keywords : Naturalization; Ideology; Conformity; Transformation and ethics. Resumo Este texto pretende pensar a educacao como uma etica contra o conformismo. O conformismo e entendido aqui enquanto uma certa forma de naturalizacao. O texto busca desenvolver o que se entende por naturalizacao e confrontara esta concepcao com a questao da ideologia tal como se apresenta, principalmente, nas linhas de Marilena Chaui. Toda a questao ira se voltar as formas de como a educacao se relaciona ao social. Usar-se-a algumas metaforas para se pensar esta naturalizacao – tal como os grilhoes que acorrentam os homens na descricao de Platao no mito da caverna; ou a desconfianca de Descartes da tradicao em sua re?exao sobre o discurso do metodo. A primeira metafora sera circular: ira aparecer em toda argumentacao – ja que estes grilhoes serao associados a nossa forma de se conformar ao social. A segunda metafora sera usada enquanto engajamento na capacidade de se duvidar. Desvencilhar-se de grilhoes e se questionar sobre a tradicao sem a ignorar – eis uma questao central neste texto. Em relacao a etica, nao se esconde aqui uma pretensao de engajamento e de autenticidade. O texto se voltara a algumas propostas pedagogicas e ira se encaminhar a uma linha de pensamento que vai de encontro a industria cultural: contra os principios da informacao/entretenimento que tanto aparecem no discurso pedagogico atualmente. Palavras-chave : Naturalizacao; Ideologia, Conformismo; Transformacao e etica. References ADORNO, Theodor. The culture industry . Ed. J. M. Bernstein. London; New York: Routledge, 1991. AGAMBEN, Giorgio. Moyens sans fins – Notes sur la politique . Trad. Editions Payot & Rivages. Paris: Editions Payot & Rivages, 2002. ALTHUSSER, Louis. Ideologia e aparelhos ideologicos do Estado . Trad. Joaquim Jose de Moura Ramos. Lisboa: Presenca, 1980. ARENDT, Hannah. A crise da educacao. In: ______. Entre o passado e o futuro . Trad. Mauro W. Barbosa de Almeida. Sao Paulo: Perspectiva, 1972. BOETIE, Etienne de la. Discurso da servidao voluntaria . Trad. Casemiro Linarth (edicao bilingue). Sao Paulo: Martin Claret, 2009. BOSI, ECLEA. Cultura e desenraizamento. In: BOSI, Alfredo. Cultura brasileira – Temas e situacoes . Sao Paulo: Atica, 1987, pp. 16-41. CANGUILHEM, Georges. Le normal et le pathologique . Paris: PUF, 2007. CHAUI, Marilena. O que e ideologia . Sao Paulo: Abril Cultural, 1984. DESCARTES. Discurso do metodo. In: ______. Descartes (Os pensadores) . Trad. Enrico Corvisieri. Sao Paulo: Nova Cultural, 1999, pp. 33-100. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilizacao. In: ______. Obras completas – volume 18 . Trad. Paulo Cesar de Souza. Sao Paulo: Companhia das Letras, 2010, pp. 13-122. HEGEL, Georg W. F. Fenomenologia do Espirito – parte I . Trad. Paulo Meneses. Petropolis: Vozes, 2000. HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo . Trad. Fausto Castilho (edicao bilingue). Campinas: Editora da Unicamp, 2012. KEHL, Maria Rita. Ressentimento . Sao Paulo: Casa do Psicologo, 2004. MERLEAU-PONTY, Maurice. Phenomenologie de la perception . Paris: Gallimard, 1967. MERLEAU-PONTY, Maurice. Resumes de cours – College de France (1952-1960) . Paris: Gallimard, 1968. PLATAO. Republic. Trad. G. M. A. Grube. In: ______. Plato – Complete Works . Indianapolis/Cambridge: Hackett Publishing Company, 1997, pp. 1132-1155.
Referência(s)