Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Fados do fado: enredos, cronotopos e trânsitos culturais

2018; Centro em Rede de Investigação em Antropologia; Issue: vol. 22 (1) Linguagem: Português

10.4000/etnografica.5210

ISSN

2182-2891

Autores

José Machado Pais,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Quando viajei até Quissamã (Brasil), para conhecer um fado vindo do tempo dos escravos, fiquei intrigado com o que descobri. Por um lado, entre os fadistas circula a crença de que o fado é de Deus, vá-se lá saber porquê. Por outro lado, o fado de Deus é dançado e sapateado, em jeito afandangado, quando é sabido que o fandango batido foi das danças mais perseguidas no Brasil colonial pela sua má reputação. Na tentativa de decifração destes enigmas exploro trânsitos do fado e do fandango num enredo de disseminações, transformações, variantes e recomposições. O que descobri foi que os nós desse enredo se atam e desatam nos cronotopos desses trânsitos.

Referência(s)