Nota introdutória: Eleições na Europa Pós-crise: o começo de um novo ciclo?
2017; Instituto Português de Relações Internacionais; Issue: 56 Linguagem: Português
10.23906/ri2017.56a01
ISSN2183-0436
Autores Tópico(s)History, Culture, and Society
ResumoN a União Europeia (UE) realiza-se, anualmente, um número considerável de eleições de âmbito nacional (legislativas ou presidenciais).Contudo, o ano de 2017 pode ser considerado anómalo, pelo menos por duas razões.Em primeiro lugar, é raro que no mesmo ano haja eleições nas três maiores economias da UE (Alemanha, França e Grã-Bretanha) e, ao mesmo tempo, noutros países importantes como, por exemplo, a Holanda ou a Áustria.Deste ponto de vista, a análise do ciclo eleitoral de 2017 é um elemento importante para perceber melhor os novos equilíbrios a nível europeu.Apesar de se tratar de eleições nacionais, este ciclo eleitoral tem implicações significativas em termos da governação europeia e das dinâmicas de cooperação entre os vários países, sobretudo para o futuro da UE.Em segundo lugar, as eleições de 2017 realizaram-se num contexto claramente diferente face aos anos anteriores.Do ponto de vista económico, vários indicadores mostram claros sinais de recuperação e melhoria da situação europeia.O nível de desemprego recuou para 9,1 por cento, o valor mais baixo desde 2009 1 .O PIB cresceu acima das expetativas, registando o valor (previsto) de 2,1 por cento em 2017 e continuando a trajetória positiva começada em 2015.Como sublinhou o presidente da Comissão Europeia Juncker no seu discurso sobre o Estado da União, «os ventos voltaram a favor da Europa».Esta viragem reflete-
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