Design, Identidade e Metodologias Participativas
2018; Linguagem: Português
10.5151/cid2017-33
ISSN2318-6968
AutoresSâmela Suélen Martins Viana Pessôa, Álisson Valentim de Freitas, Luiz Henrique de Sena Nola,
Tópico(s)Environmental Sustainability and Education
ResumoO principal desafio do designer na contemporaneidade é desenvolver e suportar o desenvolvimento de soluções orientadas às questões de alta complexidade. O caráter mediador do design estabelece qualidade aos processos, sendo um fator central para a humanização de tecnologias e troca cultural. Desta forma, é preciso refletir sobre o desenvolvimento de novas ferramentas e métodos de trabalho que propiciem o diálogo e a inclusão de camadas sociais no processo de concepção de soluções que visem o atendimento das necessidades deste público. Para isso, o presente artigo irá apresentar a cidade como um contexto vivo que integra diferentes pessoas, hábitos e cultura. Nesse sentido, o designer tem um importante papel de contribuir para a valorização da identidade territorial, por meio de processos participativos quem podem estimular o senso de pertencimento. Assim, neste estudo, objetiva-se refletir sobre os procedimentos de coleta de informações que norteiam a ação de design com o intuito de discutir novas diretrizes para coleta da percepção e condução de ações que favoreçam a inserção dos usuários. Propõem-se assim, como procedimentos desse processo um fluxo dialético apoiado no conceito “flaneur ”, apresentado por Charles Baudelaire, que compreende um olhar perceptivo sobre o contexto e que neste estudo consiste na capacidade de olhar, ouvir e dar voz. Como objeto de estudo para essa reflexão, será apresentado um relato acerca do projeto: “praça de bolso do ciclista”, realizado na cidade de Curitiba / PR, em 2014. A ação utilizou de instrumentos participativos e que se tornam referência para o processo de design, pelo seu potencial de transmitir o senso de pertencimento e empoderamento à comunidade. Acredita-se assim, que formas criativas e participativas de se ocupar o espaço público podem contribuir para um novo pensamento diante do desafio da ressignificação, identidade e do senso de patrimônio coletivo na cidade. Nessa nova perspectiva, o designer se torna mais que um projetista, se apresenta como um agente de conexão e mediação entre a identificação de um problema e a busca por uma solução que considere amplas percepções de diferentes agentes inseridos no contexto da ação.
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