
Análise espacial e mapeamento da ocorrência de corais nos recifes de Picãozinho, João Pessoa-PB, comparativo entre 2001 e 2015/2016
2016; Q98072931; Volume: 10; Issue: 4 Linguagem: Português
10.21707/gs.v10.n04a34
ISSN1981-1268
AutoresMaria Cecília Silva Souza, Pedro Guedes Costa Vianna, Karina Massei, Raoni da Costa Lima, Christinne Costa Eloy,
Tópico(s)Coastal and Marine Management
ResumoOs ecossistemas recifais estão distribuídos em mais de 100 países, sendo reconhecidos como uma das comunidades naturais com maior biodiversidade do Planeta. O litoral do nordeste brasileiro destaca-se por sua exuberância natural, evidenciada principalmente por seus ambientes recifais, atraindo turistas do Brasil e de outros países. Entre os nove estados do Nordeste brasileiro, a Paraíba possui como um grande atrativo os seus ambientes recifais, destacando-se a sua capital João Pessoa, pela grande extensão de recifes de fácil acesso, localizados próximos à costa em suas praias urbanas. Picãozinho, recife costeiro localizado na praia de Tambaú, reune todas essas características, resultando em uma área de fluxo intenso de turismo, o que alerta para a importância de estudos sobre o seu estado de conservação. Este artigo descreve uma análise quantitativa dos corais de Picãozinho comparando dados de 2001 (Costa 2001), com um novo mapeamento realizado entre novembro de 2015 e janeiro de 2016, que objetiva avaliar o ambiente quanto a sua real situação, a partir da distribuição das espécies de corais. Este é o primeiro passo para a criação de uma base de dados espaciais dos ambientes recifais, montados em uma plataforma SIG, viabilizando as condições mínimas para o seu monitoramento. A flexibilidade da metodologia de analise espacial aplicada permite correções e um controle mais eficiente sobre a espacialização das espécies. Isso possibilita que um novo olhar seja posto sobre o ambiente em busca de uma manutenção dos diferentes tipos de corais, além das outras espécies que possuem ligação direta com o ambiente recifal. Os resultados apontam para uma diminuição das espécies quanto à sua diversidade e distribuição nas áreas de intensa visitação. Estes dados nos levam não apenas a refletir sobre o aspecto ambiental, mas também levantam a necessidade de se analisar as questões sociais, econômicas e políticas, para chegarmos no futuro a um modelo de monitoramento e uso que vise a conservação e a sustentabilidade dos recifes do Picãozinho.
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