
Reflexões sobre as burguesias sul-americanas e a integração regional
2018; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 5; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5752/p.2317-773x.2017v5n3p112
ISSN2317-773X
Autores Tópico(s)Social and Political Issues
ResumoO chamado "ciclo" de governos progressistas na América do Sul foi acompanhado de um conjunto de iniciativas de integração regional, como a Unasul, a Celac e a reorientação do Mercosul em um sentido mais voltado para a autonomia, o desenvolvimento e a redução das desigualdades sociais. Esses projetos, que entraram em uma fase de retrocesso após a ascensão de governos de direita no Brasil e na Argentina, enfrentaram desde o início graves obstáculos, responsáveis pelas debilidades em sua implantação. O artigo sustenta que os limites dos processos integracionistas sul-americanos se devem à hostilidade das burguesias locais em cada um dos países envolvidos perante um projeto político regional divergente em relação às diretrizes neoliberais do capitalismo global e contrário à hegemonia dos Estados Unidos na região. Especialmente nos dois países sul-americanos mais importantes, Brasil e Argentina, o empresariado adotou uma postura de oposição a qualquer elemento dos projetos integracionistas que o afastassem dos marcos restritos do livre-comércio, o que inviabilizou os objetivos mais abrangentes que nortearam a conduta dos governos progressistas nessa área.
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