Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Olhos de inferno: a morte no Rei Édipo de Sófocles

1995; Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC); Volume: 7; Linguagem: Português

10.24277/classica.v7i0.661

ISSN

2176-6436

Autores

Ortep J. Trindade-Serra,

Tópico(s)

Historical, Religious, and Philosophical Studies

Resumo

Os derradeiros versos do "Rei Édipo", de Sófocles, versos que se referem a um tópos consagrado, ocasionaram, através de uma paráfrase de Frínico, a criação do "mito" de Sófocles, cuja vida feliz a tradição consagrou como uma antítese do destino de seu personagem. O paradoxo desses versos, todavia, merece consideração mais profunda. Com efeito, em toda a tragédia a morte é representada de maneira paradoxal. Édipo faz a experiência de uma situação liminar em que morte e vida, cegueira e visão se confundem. Uma evidência disso é simbolicamente dada no verso 987 de Oedipus Rex.

Referência(s)