Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Hermenêutica e Literatura: a metáfora em Paul Ricoeur como princípio de interpretação da poética em O Guesa, de Sousândrade

2018; Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5335/rdes.v14i1.6815

ISSN

2236-5400

Autores

Rita de Cássia Oliveira,

Tópico(s)

Hermeneutics and Narrative Identity

Resumo

É na obra La Métaphore Vive (1975) que Ricoeur trata da poesia como objeto de análise e interpretação. Ele procura instituir e legitimar, no âmbito da inovação semântica, a referencialidade do uso da linguagem poética numa relação de pertencimento: poesia e mundo e mundo e poesia. Isto porque, é suposto que o poema projeta um mundo a uma dimensão ontológica, um ser-como, um ser estruturalmente dialético. O poema tem um poder de referenciação direta que decorre da equivalência subsumida pelo verbo "ser" em posição metafórica entre o ver-como da metáfora e o ser-como da própria realidade. É com esse princípio estético que interpreto o poema O Guesa, de Sousândrade. As metáforas são recorrentes em O Guesa para transportar imagens e ações que numa transgressão das palavras, implode com a linguagem, revelando uma narração autônoma em seus cantos.

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