Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Intersetorialidade e Educação Popular em Saúde: no SUS com as Escolas e nas Escolas com o SUS

2018; Associção Brasileira de Educação Médica; Volume: 42; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/1981-52712015v42n2rb20170043

ISSN

1981-5271

Autores

Gustavo Antônio Raimondi, Danilo Borges Paulino, Jorge de Paula Mendes Neto, Laís Ferreira Diniz, Gabriela Ferreira de Camargos Rosa, Vilson Limirio, Letícia Nastulevitie de Oliveira, Caterina Beatriz Grassi Leonardi,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

RESUMO Em 1988, a Constituição Federal do Brasil deu as bases para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo a saúde como direito. Em 2013, a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS) amplia as conquistas nessa área ao reafirmar os princípios desse Sistema: universalidade, integralidade, equidade e participação social, esta essencial para o debate de Educação Popular em Saúde. Nesse contexto, o papel da universidade, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação em Medicina de 2014, de atuar sobre as necessidades da população, promovendo saúde e transformando a realidade da sociedade, é fundamental na formação dos estudantes, bem como no seu vínculo com a comunidade. O grupo de execução deste trabalho levantou a proposta de refletir sobre a realidade do SUS na perspectiva de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das escolas municipais de Uberlândia (MG), dialogando com seus saberes a fim de empoderar a população por meio da construção compartilhada de conhecimento. Nas vivências, identificamos o desconhecimento da população sobre seus direitos e o próprio SUS, e, assim, priorizamos o debate e o diálogo utilizando a amorosidade, princípio da PNEPS, para conseguirmos trabalhar os princípios desse Sistema de Saúde, bem como os direitos da população relativos à saúde. Notamos que a nossa formação ainda é centrada no médico, visto que houve uma dificuldade inicial de estabelecer o contato de forma confortável com ambas as partes. Por trabalharmos com pessoas, naturalmente surgiram demonstrações sobre suas insatisfações com o nosso sistema de saúde, e foi preciso utilizar isso para apontar possíveis soluções e como protagonizar essa luta sem colocar a responsabilidade da melhoria e consolidação de nossa saúde somente nas mãos de terceiros. Era preciso compreender a importância do SUS e saber como mudá-lo por meio, principalmente, da participação social. O objetivo foi alcançado pelo estabelecimento de um vínculo que possibilitou a construção conjunta de conhecimento, trazendo maior autonomia tanto ao grupo quanto aos participantes, aumentando nossa perspectiva de uma mudança na luta pela saúde que almejamos em nossa formação e futura atuação profissional.

Referência(s)